quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

T(r)emer

Tenho medo da solidão
e do silêncio que vem dela

Tenho medo de escuro
não da chuva, mas do barulho
não da morte, mas do inseguro

Tenho medo do desconhecido,
não do novo, mas do não saber
não de me machucar, mas de sofrer

Tenho medo de partir
e não voltar
E de ficar
sem ir a nenhum lugar

Tenho medo da perda
e do vazio que a acompanha

Tenho medo da violência
não da arma, mas do homem
não de viver, mas de sobreviver

Tenho medo da guerra,
não da raiva, mas do ódio
não da mentira, mas da falsidade

Tenho medo do bandido,
da polícia e de todos que fazem maldade
De políticos corruptos 
e criminosos de gravata

Mas principalmente,
tenho medo de não mais temer
e um dia esquecer
Como é bom meus medos vencer!

4 comentários:

  1. Caramba, essa saiu do fundo da alma e atinge a todos. O paradoxo do medo, o quanto atrapalha e salva vidas, nunca tinha pensado nisso, de que é prova de que se importa com a vida, amei... Cada dia melhor, grande poeta, fabulosa poesia, parabéns.

    Eliana de Freitas

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  2. ''Tenho medo de partir
    e não voltar
    E de ficar
    sem ir a nenhum lugar''
    Palavras fortes e sábias Carol, gostei muito parabéns!!

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