A cidade está em guerra e eu permaneço ilesa
Inerente à minha condição
de ser apenas mais um cidadão
De luto, que não luta
Com medo, se esconde, se afugenta e cala.
Até quando a inutilidade de minhas ações
continuarão a me iludir
Penso estar buscando transformações
e só faço é colorir
Brinco de atirar palavras,
enquanto balas estão sendo disparadas
em todas as quebradas
Peço mais amor, quando índios anunciam suicídio
é ridículo o meu egoísmo
Gritar por cultura, literatura e poesia
Num país que não valoriza nem a vida
Estou assustada, no que se transformou
este ser que Deus criou, dito o mais inteligente
De telencéfalo desenvolvido e polegar opositor
Sua condição subiu a mente, se sente agora o criador
Dono das terras e das vidas
Tornou-se escravo do dinheiro e do poder
Agora está a decidir
quem é que vive e quem deve morrer
quem é que vive e quem deve morrer
Minha luta é pobre, meu texto é ralo
Sei que está tudo errado, mas não tenho uma solução
Quero mudança, mas fazer poesia
é minha única ação
Lindo, Carolzinha!
ResponderExcluirExpressou em palavras o que a maioria de nós paulistanos estamos sentindo.
Obrigada flor! Foi um desabafo mesmo.. =]
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