quarta-feira, 21 de maio de 2014

Sobre paus e buracos


 "O buraco nem é seu,
 tá se importando porquê?" 

Tentou argumentar 
o animal racional 
encoxando a moça
 que desembarcou antes da Paraíso, 
apenas para se livrar do tarado.

 O vagão estava lotado,
 então o ensaciado achou suave
 Roçar seu membro escroto
 no corpo dela.

Tanto faz se donzela ou meretriz,
 Ninguém pode se aproveitar
 sem consentimento 

Respeito e vergonha na cara, 
poupariam nossos ouvidos
 de serem tratados como lixo
 para comentários esdrúxulos 

De um ser sem escrúpulos 
que por causa do pelo na cara
 Precisa mostrar que tem um pinto
 Cospe sua masculinidade

 Age com boçalidade:
mete a mão no que não é seu,
 Impõe seu tesão e desejo

 Cria versos que dão nojo 
Exibindo sua cueca cheia
 movida por uma cabeça vazia 

Ser santa ou vadia
 não está no tamanho do meu shorts
 no decote da Joana,
 nas minis-saias das Marias, 
nas bundas pretas, brancas ou amarelas 

Todas pernas, Elas
 têm o direito de escolher 
pra quem estão abertas.

Não adianta seu pau subir 
se o buraco não quer te sentir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário