domingo, 9 de dezembro de 2012

Sou feliz


Pasmem vocês:
“eu sou feliz”
Sim, eu mesma
essa aqui que vos fala:
“sou extremamente feliz”

Não tenho um tostão na carteira,
pode checar se não acreditar
E nem acho isso uma boa brincadeira 
ou engraçado, mas é fato:
Decidi ser poeta e professora
que tola, logo no Brasil
onde Cultura e Educação
só entra no discurso, na hora da eleição

Porém, acredito no poder da palavra
como lá na Ademar a galera fala
Na amizade sincera, na poesia que surge dela
No abraço apertado, no poema entoado
E se a cultura não vem até a favela
pode deixar que a gente produz ela

Sou feliz 
sou extremamente feliz
E agradeço por viver mais um dia
olhar mais uma tarde
e dormir em paz mais uma noite,
na cama, em casa
Enquanto todas manhãs na cidade cinza
Contar corpos caiu na rotina
Que sequer está na notícia
virou normal, cotidiano
Matar, roubar, queimar
Ninguém mais está se importando

Escrevo com giz, lápis, caneta
Para que eu nunca esqueça
Que sou uma pessoa feliz
Que até se magoa
e chora quando está triste
Mas que levanta, sorri e persiste
no sonho de sua meninice
Ser feliz a qualquer custo
ainda que habite um mundo injusto

Encontro motivos bobos
para sorrir do nada,
Rio a toa, digo que a vida é boa
Não que eu ignore os problemas,
apenas não me abalo com meus dilemas
Sigo buscando, sonhando e acreditando
Não torno a vida mais fácil,
apenas não a deixo que a seja difícil
E mesmo que achem esquisito
Sou feliz
sou extremamente feliz!

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