segunda-feira, 16 de julho de 2012

Não, não mesmo!

Não me de motivos
Eu talvez não os queira
Não me ofereça o sorriso
Nem me teça elogios 
Enquanto um outro te beija

Não me imponha castigos
Nem me coloque em perigo
Apenas porque me deseja.
Não me conte o que sonha
Nem nada me proponha
Guarde o que planeja.

Não diga que sei de tudo
Nem pense que não sei nada
Enxergo melhor no escuro
Conheci-te na madrugada.

Não duvide do que digo
Nem do amor que já senti
Apenas por ter sofrido
E não saber pra onde ir

Não mais me faça sofrer
Além do que já sofri
O que nasceu pra viver
Morreu ao mostrar-se pra ti

Não diga que me diria
Se coragem você não tinha
Não me cobre perdão
Nem culpe minha interpretação
Eu te julgo, tu me julgas
Eu ajo com o coração.

Não me esconda a verdade
Nem finja falsa malandragem
Segredos são permitidos
oculte-os com honestidade.

Não me ceda abrigo
Nem me guarde contigo
Por mais que o instinto queira
E gostemos de viver a beira
Desse abismo sem sentido.

Não há razão nesse mundo
As coisas acontecem, simples assim
Não gaste seu tempo confuso
Buscando um sentido pra mim.

Não peça que eu aceite o presente
Nem deixe-me para depois
Estive muito tempo ausente
Na solidão de nós dois.

Não me peça pra te esquecer
Nem pense que não te esqueci
A liberdade que buscamos ter
Eu encontrei ao tirá-la daqui

Não diga, se não me feres
Que foi só coisa de pele
Se cale se não consegue
Pois eu vivo de paixão
Cega, surda e muda
Mortífera, tal qual seu‘não’.

Foi ela que acendeu a chama
Na alma, nos versos, na cama
Minha mente não mente, se engana.
Meu coração não ama, se inflama.

2 comentários:

  1. Nossa! Que intenso!

    Não me peça para esquecer o que já esta gravado na alma.

    Lindo!

    Beijo poetamigo.
    Boa semana.

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  2. Obrigado por me ler querida, eh sempre bom ter seus olhos de poeta por aqui!

    Bjos!

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