segunda-feira, 11 de junho de 2012

Arrependimento não, cola!


O vazio no estomago da guria
Gritava-lhe a dor que sentia 
Sobrevivia, calada e colada 
Nada, era só o que a esperava.

Silenciada, 
no breu de seu olhar 
Perdido entre os compassos 
Da vida, num lento pulsar. 
No vasto resto de espaço 
Tão pobre quanto podre 
só cólera florescia 
fertilizada, rapidamente crescia. 

Semeou-se o ódio, 
Sentimento que no pódio 
Ocupou o lugar mais alto 
Tocando seu ponto mais baixo
justificativa para o inevitável
Que lutou mas não pode conter 
Não chegou a se entristecer
Mas custou pra entender 
Aceitar e esquecer. 

Não dormira mais, noite alguma, 
E por mais seca que estivesse
Os seus olhos enchiam,
Um mar, belo e misterioso
jogando ondas contra as rochas 
Assim como ela e a vida que lhe foi imposta.

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