terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Abelha bígama


Mantenho uma paixão secreta
Tentei até ser discreta
Mas cansei de ficar quieta
Deus, preciso falar!

Há tempos me relaciono
Com algo que parece um sonho
Um triangulo amoroso,
Parece maravilhoso?
Na real, é bem penoso.

Sempre amei a Violeta
Mas há tempos que a Rosa vermelha
Não me vê só como uma Abelha
E um amor em nós se semeia

Vivemos uma grande paixão
E hoje meu coração
Se vê em meio a um conflito
Não sabe se escolhe uma
Ou se decide por outra
Então com as duas vivo.

Tudo começou assim
Voando sobre o jardim,
Cercado de flores belas
Coloridas, diferentes
Desejadas por tanta gente
Exalando a primavera.

De todos os tipos tinham
E todas me atraiam,
Margaridas, Orquídeas,
Violetas, Rosas e Tulipas.
Sei que não vão entender
Mas nunca planejei, 
se quer imaginei,
Que isso pudesse acontecer.

Foi muito difícil escolher
Mas, quando eu fui ver
Já estava lá a dizer:
“Violeta, só sua vou ser
E juntos iremos viver”

Na época da decisão
a fiz com convicção,
Mas o tempo secou a paixão
Deixando em mim um vão
Que virou uma imensidão
Foi ai que, então
A Rosa veio ocupar.
Com ela me sinto voar
E quando me pego a sonhar
Meu peito começa a pulsar.

Sei que não é de verdade
Na atual realidade
Jurei pra eternidade
A Violeta amar, 
E com intensidade
Dar-lhe a felicidade.
Mas sei com exatidão
Que se da rosa eu abrir mão
Morrerei eu de saudade
Meu Deus, o que faço então?

Sei que parece maldade,
Mas diga, com sinceridade:
Existe a possibilidade
De entre a Rosa e a Violeta
Existir um entendimento
Ou, ao menos, uma cumplicidade?

Não quero ter que abrir mão
É fraco meu coração
Ameça se decidir
Mas antes da noite vir
Já muda de opinião.
Espero que possa me ouvir
E quem sabe até consentir,
Meu pedido, nesses versos zumbidos,
servindo-me de oração.

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