segunda-feira, 12 de novembro de 2012

"Serena"

Quando ela me sorri 
Comigo ainda em si 
Saboreio a recompensa 
De seus olhos pequenos 
Serenos de selena. 

Pouco passa, 
Ela levanta e disfarça 
Sei exatamente o que pensa 
Não cansa, nem dispensa. 

Constantemente sorri 
Enquanto descanso 
Ela termina de se despir 
Ergue a sobrancelha 
Ronda-me como abelha 
Parece se divertir. 

Dá mais um passo 
Encaixa-se em meu braço 
Eu abraço e disfarço 
Mas quando morde o lábio 
Nem preciso ser sábio 
Pra decifrar o recado. 

Me faço aprendiz 
Meu dedo, giz 
No quadro pontilhado 
Dedilha os sinais 
E a procura de mais 
Enrosca em seu cabelo. 

De tanto anseio 
Um beijo encaixo 
Me perco no meio 
E quando me acho 
Com a língua passeio 
Cada centímetro de seio 
De cima abaixo. 

De mais a mais 
Como uma poesia 
Tudo se reinicia 
As vezes duram horas 
As vezes nos leva o dia 
Não sei precisar agora 
Também não conseguiria.

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