sexta-feira, 4 de maio de 2012

À brisa do mar


A brisa do mar
Veio novamente tocar
E beijar a minha pele 
Arrepiando meus pelos
Passando entre dedos
Sem que eu pudesse a segurar.

Com ela eu aprendi
a me ouvir vendo o mar
a sentir a vida, aceitar
me arriscar até que eu consiga
Sem ter que fazer figa.
Nem medo de desejar.

Sem preocupações
Ela não vê o tempo passar
Vive o agora,
Sem pressa ou demora,
Tudo no seu tempo, 
Com seu jeito e hora.

Ela é algo que já quis ter
Mas pensei bem uns instantes
E então pude perceber
Vivemos em mundos distintos
Em realidades distantes
Não há como acontecer.

Ela é livre para voar
Assim eu também devo ser
Mesmo distante do mar
Ao entardecer,
Podemos nos encontrar
Não há porque me afastar
De algo que sem querer
Aprendi profundamente a amar.

Num entardecer qualquer 
Dos dias que ainda eu tiver 
Na areia vou me sentar 
E matar 
A saudade que houver 
Deixando que brisa do mar 
Venha para me beijar, 
Sempre que quiser.

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