segunda-feira, 14 de março de 2011

À Poesia

A poesia em mim
Não tem dia pra vir
Nem tão pouco avisa
O pensamento desliza
E ao primeiro verso
Já me pego disperso
De uma vez é cuspida

Retrata um momento
Que muitas vezes não compreendo
Serve-me de guia, vou lendo
E então me entendo

Diz o que senti
Retrata algo que vi ou vivi
Mas também coisas que inventei
Se perguntar-me a razão
De onde tirei tamanha imaginação
Te responderei: não sei

A poesia pra mim
É meio que assim
Uma válvula de escape
De arremate, põem fim
tudo que me angustia
Simultaneamente

Extasia e me esvazia


Faz minha mente,
Nunca contente com o presente
Dar ao passado,
Vida em outra guarida
Mesmo que temporariamente.
E apesar de mal apagado,
Ele fica de lado, 
ali guardado
Ao menos enquanto é escrita.

A poesia em mim
Vem da admiração sem fim
Por compositores Tupiniquins
Como Chico, Vinícius e Tom Jobim
Mas que começou, lá traz
Com Raul, Gabriel e Racionais
Passou por Yuka, Bill, D2 e Sciense
Verdade, intensidade e criatividade
É o que me satisfaz
Apenas isso e nada mais


Fale de amor, guerra ou de paz
Como as pedras de Sergio Vaz
Que em São Paulo hoje faz
O Itaim vir à periferia atrás
De ouvir e fazer poesia
Sem guerra, só alegria
Sem preconceito, medo ou fobia

Em suma Poesia é a vida
De alguns, muitos, loucos
Que por alguns, outros, poucos
É muito bem descrita.

*Dia da Poesia

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