segunda-feira, 16 de abril de 2012

Coração do Zé



Num dia qualquer
O pobre coração do Zé
Se apaixonou pela Condessa
Um amor impossível
Sem pé nem cabeça.

Onde estava a dele
Eu não sei, nem ele.
Por certo deu no pé
E não viu o nó cego,
Que seu coração, pagão,
Pisando em seu próprio ego
Quis apostar em vão.

A convicção de José
O disse pra colocar fé
E ele pôs bastante até.
Mas o coração da Condessa
Por mais que José aqueça
Nunca lhe daria colher!

- É Zé, esqueça!
Esse papo de “Minha mulher”
É coisa da sua cabeça!

Não há razão para pranto
Não tinha pé
Era um amor manco
Nunca deu um passo se quer.
Sem cabeça nem direção
Cambaleou,
Entre versos, prosa e canção.

Um amor sem futuro,
Que nunca viu a luz
Sempre no escuro
Viveu e morreu no breu,
Na cruz de uma mulher
Magoado, amargurado
foi deixado de lado,
O pobre coração do Zé.

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