O tempo é relativo
Todo mundo sabe e sente
Mas só mesmo o cientista,
Doido, no seu mundo, autista
O explica e entende
Sejamos realistas
Não sou especialista
Mas ele é egoísta
Quanto mais desejado
Mais apressado fica
Se fecha no seu quadrado
E corre feito maratonista
Não importa se está apaixonado
Em um beijo demorado
Na intensidade de um olhar calado
Ele passa voado
E quando o notar: tempo esgotado
Não respeita se quer corpos colados
É um desnaturado
Ligeiro só quando o convém
Essa é a verdade
Entre você num trem
Lá pro final da tarde
E o verá com desdém
Fazendo hora pro além
Alheio à realidade
Em devaneios, a bocejar
Cobra-nos um dia
Pra cada minuto que levar
E pra piorar
O som da agonia faz ecoar
Tic Tac, Tic Tac, Tic Tac
Continuamente, sem cessar
Até que decide passar
Você chega acabado
Sem ter pra quem reclamar
Fudido e mal pago
Não lembra se quer de jantar
Segura esse fardo
Só quer descansar
Mas mal fecha os olhos
Quem vem te acordar?
O tempo, agora a berrar:
Acoooorda, vai se atrasar!!!
"Quem vem te acordar?"
ResponderExcluirO despertador
Que às vezes
Desperta a dor.
Vc foi bondoso com com esse "que as vezes desperta a dor"...comigo é quase sempre...rss
ResponderExcluirAbraço!