comprova que poesia
com versos perpendiculares
também é geometria.
Faço matemática
somando, à pratica,
o que subtraí da teoria.
Pouca coisa, eu diria.
Utilizando palavras
e técnicas de notação
formo conjuntos reais,
com versos naturais,
que tangenciam a imaginação.
Nessa poesia,
nada metrificada,
escrevi meu teorema
plantando raiz quadrada.
Caro Pitágoras,
ajude o pobre poeta
a traçar uma parábola,
paralela à linha reta
e depois achar o delta
na fórmula de Báskara.
Estatisticamente
a probabilidade
é quase que nula.
Não sei usar chaves,
sou dessas mulas,
que pensa que pensa,
pastando no país de tolos,
onde a razão da diferença
é igual para todos.
Um tanto sentimental
equaciono emoções
de primeiro e segundo grau.
O peito, sem progressões,
muda de lado, muda de sinal.
Segue a incógnita do coração:
‘X’ é o que afinal?
Somando um verso n’outro
sinto um certo desgosto,
errei na conta de novo,
não bate na prova real.
Sei que não sou o primeiro
que ao buscar o inteiro
só encontrou o decimal.
Comigo nunca dá certo,
o cosseno da hipotenusa
fica sendo a potência
do quadrado
com teto e ângulo reto
ao cubo elevado.
Chega de insistir
em números primos ou PI
positivo, negativo,
cardinais ou ordinais,
serei mais quociente,
o resto já me é demais
e, abrindo um parênteses,
(deveria ter parado lá atrás).
Comecei com ímpeto
mas perdi logo o ritmo,
pois só sei o mínimo
múltiplo, como um místico,
invento minhas próprias as leis,
e fujo da regra de três.
A fundo mesmo só sei
em palavras me fracionar
para a poesia se diluir
em versos pra multiplicar
o que eu preciso dividir.
*A todos que, como eu, não são bons com os números...
Muito bom! Muito bom!
ResponderExcluirHS
Belas poesias!
ResponderExcluirMuito bom este blog. Estou seguindo.
Gostaria que visitasse meu espaço também
e se quiser, deixar alguma opinião.
Beijos, boa semana!
sweet--hope.blogspot.com
(Doce Esperança)
Obrigado por me lerem!
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