Estou no espaço
No fim do começo
No balanço do mar
No coração a amar
No primeiro tropeço
Estou no pedaço
Na sedução do olhar
Na fumaça que lança
No ar a esperança
Da criança a brincar
Estou no soluço que passa
No gole da taça
Na alça que cai da moça que dança
E cede no pescoço, o açúcar, o gosto
Ao beiço do moço.
Estou na maçã
No bagaço que resta
No almoço que sobra
Na paçoca da festa
Estou na roça
Da nossa raça
No corpo que roça
Na força do abraço
No braço que enrosca
Na volta do laço
Sou parte da perfeição
Estou na solução
Na falta de educação
Não na massa, na massificação.
Estou em qualquer ação
Suplente do ‘S’ e do ‘C’ na redação
Tenho certa colocação,
Antes do ‘E’ e do ‘I’, não há aplicação
Palavras também não começo
Dou vida à contradição
Não no excesso, na exceção.
Sem própria sonorização
Nem no alfabeto apareço
Desconheço minha função
Aos confusos o meu apreço
Pois o desuso é minha maldição.
Já te disse e repito, ficou perfeita. Um viva ao cedilha!
ResponderExcluirbjs
Vindo de vc, que é formada em letras, é mais que um elogio, uma honra... Valeu Mandinha!
ResponderExcluirDUCA! Muito bom :D
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