O vazio no estomago da guria
Gritava-lhe a dor que sentia
Sobrevivia, calada e colada
Nada, era só o que a esperava.
Silenciada,
no breu de seu olhar
Perdido entre os compassos
Da vida, num lento pulsar.
No vasto resto de espaço
Tão pobre quanto podre
só cólera florescia
fertilizada, rapidamente crescia.
Semeou-se o ódio,
Sentimento que no pódio
Ocupou o lugar mais alto
Tocando seu ponto
mais baixo
justificativa para o inevitável
justificativa para o inevitável
Que lutou mas não pode conter
Não chegou a se entristecer
Mas custou pra entender
Aceitar e esquecer.
Não dormira mais, noite alguma,
E por mais seca que estivesse
Os seus olhos enchiam,
Um mar, belo e misterioso
jogando ondas contra as rochas
Assim como ela e a vida que lhe foi imposta.
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